quinta-feira, 21 de maio de 2009

Raízes Pantaneiras

Ai vai um belo texto de uma grande amiga que atualmente mora em Juazeiro , onde morei por 2 anos e meio.Que saudade do sertão...







“Enquanto este velho trem atravessa o Pantanal...”
Embalada pelo som da minha terra, vejo o quanto a cultura é transitável, ela percorre o mundo todo se necessário, através da nossa lembrança.
Isto quer dizer que aonde quer que se vá, sua identidade cultural estará contigo.
A prova disto é a diversidade cultural do nosso país, pois cada colônia que se instalou aqui, trouxe um elemento que se instaurou em nossa cultura.
Se partirmos do descobrimento, vemos a atrocidade que foi cometida com a nossa cultura, pois os índios tiveram que engolir em meses alguns séculos que passariam pela idade média e moderna, mas a cultura também é feita de choques elementares, que unidos formam uma nova identidade.
Para mim, que sou sul-matogrossense, isto é bem evidente, já que comemos sopa paraguaia, sobá (comida japonesa) e churrasco, sendo cada um, elemento de um determinado lugar, que juntos formam a identidade pantaneira.
Isto se aplica ao Brasil como todo, entretanto em alguns estados de forma mais evidente.
Cultura é a bagagem que carregamos conosco, tudo que aprendemos, conhecemos, amamos e admiramos. Nossa bagagem se constrói a cada momento, mas fugir das nossas raízes é inevitável.
Minha bagagem ainda está em processo de construção, pois admiro muito o sertanejo nordestino, o forró, o frevo, o maracatu, enfim esta riqueza que descubro a cada dia, vivendo no sertão baiano.
Entretanto meu coração vai acelerar de verdade quando eu ouvir Almir Sater, Grupo Acaba, Daniel Freitas ou quando alguém me oferecer um tereré gelado, mas isto talvez já tenha a ver com outro elemento brasileiro chamado saudade.


Amanda Lima Araújo

3 comentários:

Louise disse...

Ê nostalgia! A cultura, num geral, tem que ser indispensável...sempre (:

Arké disse...

tradição...
ô coisa q gosto.
belo texto amigo

Amanda disse...

Valeu Jesus... o texto é meio nostálgico mesmo, mas expressou bem o que eu sentia no momento em que escrevi...

=)